Quem passa a vida
A contabilizar
Débito e crédito
Sempre, sem parar
Não pensa um pouco
Nem se dá um tempo
Pra outros tesouros amealhar...
Os anos passam
E um dia desperta
Com catarata
Nos olhos da alma
Não vê o sol
Nem vê a claridade
Que doura a mata
Ao entardecer;
Ensurdecido,
Já não mais ouve
O canto das aves
Ao amanhecer...
E o coração,
Exausto e solitário,
Sem ter um lume
Para o aquecer,
Pensa que é pássaro
Preso na gaiola
Pra libertar-se...
Deixa de bater!
A contabilizar
Débito e crédito
Sempre, sem parar
Não pensa um pouco
Nem se dá um tempo
Pra outros tesouros amealhar...
Os anos passam
E um dia desperta
Com catarata
Nos olhos da alma
Não vê o sol
Nem vê a claridade
Que doura a mata
Ao entardecer;
Ensurdecido,
Já não mais ouve
O canto das aves
Ao amanhecer...
E o coração,
Exausto e solitário,
Sem ter um lume
Para o aquecer,
Pensa que é pássaro
Preso na gaiola
Pra libertar-se...
Deixa de bater!