És Tu, Ó Avatar, que estás atento
Ao som da cítara dos meus sentimentos
Aproximando-Te, dando-me alento
Nas horas de exacerbado sofrimento?

Como indócil cavalo selvagem
Não tenho aceitado arreios,
Cela, brida ou freios,
Que dificulte o meu cavalgar...

Quero seguir o “Madrinheiro”
Guiando-me pelos vastos campos
E altos desfiladeiros
Até às puras nascentes chegar

E nas suas águas límpidas mitigar,
A minha implacável sede de Ti...
A noite prenunciando
Uma longa madrugada

Encontrou-me acordada
Vigilante, na expectativa
De que a Alvorada
Da Tua presença viva

Não me encontre adormecida
Aos Teus sinais, desatenta,
Trocando mantras por lamentos
E de que és Pai e Mãe esquecida...